sábado, 17 de setembro de 2011

Metais mais raros da Terra classificados em uma “lista de riscos”

Os “metais de tecnologia”, como o índio e o nióbio, são extraídos e utilizados em diversos dispositivos digitais modernos e em tecnologias verdes. Por esse motivo, eles são cada vez mais demandados pelas indústrias ao redor do globo. Mas o resultado da extração desenfreada desses recursos naturais pode se tornar o desaparecimento deles em nosso planeta.

Uma lista feita por um centro de pesquisas geológicas britânico – o British Geological Survey (BGS) – mostra os riscos de fornecimento de alguns dos elementos mais raros da Terra. A lista destaca 52 elementos com maior risco de desaparecimento, ou que pelo menos não poderão continuar abastecendo a indústria no mesmo ritmo da atualidade.

A lista inclui informações sobre a abundância de cada metal, a distribuição de seus depósitos e a estabilidade política do país em que é encontrado, classificando esses elementos altamente desejados em uma escala de mais ou menos propensos a “extinção”.

Geopolítica, nacionalismo de recursos, acidentes e a demora para descobrir outros recursos de extração eficientes são alguns dos fatores que ameaçam o fornecimento dos metais que as tecnologias atuais tanto necessitam.

Um fator especialmente relevante na atualidade é o monopólio claro que alguns países têm sobre alguns dos metais. Por exemplo, 97% de todos os metais de terras raras, incluindo o neodímio e o escândio, são produzidos na China.

O elemento mais ameaçado, o antimônio, é usado extensivamente para o fogo de prova, e também é extraído em território chinês. A China domina nada menos do que 50% da extração global de todos os elementos da lista de metais ameaçados.

Uma das principais importâncias da lista é fazer com que os líderes governistas e indústrias entendam a necessidade de fontes alternativas de recursos na área da tecnologia.

Apesar da China dominar a extração da maior parte dos elementos naturais, há muitos outros locais onde esses metais podem ser extraídos, como em depósitos geológicos no sul da África, Austrália, Brasil e nos EUA. A mineração nesses locais seria uma forma de retirar o monopólio dos atuais fornecedores.

Hoje, os metais de tecnologia estão por todas as partes, sendo amplamente utilizados em dispositivos móveis, telas planas, turbinas eólicas, carros elétricos, baterias, celulares e muitas outras tecnologias.

Os celulares são um caso a parte: cerca de um bilhão são fabricados todos os anos, e o volume de metais necessários é surpreendentemente amplo. Tanto que a Terra pode não responder a demanda por muito mais tempo.

A reciclagem dos metais utilizados nesses telefones ainda é muito cara e consome muita energia, e por isso os fabricantes devem estar alertas e entenderem a necessidade da utilização de metais mais facilmente recicláveis

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